Sherlock Holmes


Sherlock Holmes, o detetive mais popular da literatura, usa a lógica e intuição dedutiva para solucionar crimes misteriosos. Seu conto de estreia foi “Um Estudo em Vermelho”, publicado em 1887 pela revista Beeton’s Christmas Anual. Criado pelo escocês Arthur Conan Doyle, seu primeiro nome foi, na verdade, Sherringford Holmes. Insatisfeito, o autor optou por Sherlock e, para narrar as histórias, criou também um fiel assistente, o doutor John Watson.
Holmes resolve os casos mais complicados valorizando detalhes e empregando seu raciocínio para traduzi-los. Ele tem vasta instrução sobre anatomia, história e, principalmente, química. Domina técnicas particulares de identificação de pistas, como o conhecimento de impressões de pneus de bicicleta, e também conhece centenas de tipos de criptograma e variedades de fumos usados em cigarros, cachimbos e charutos. É curioso e observador, mas nem todo assunto o interessa. Despreza, por exemplo, conhecimentos literários e filosóficos, concentrando-se nas experiências científicas. E não é raro solucionar casos sentado em sua poltrona, direto da 221B Baker Street.
Dono de uma personalidade marcante, Sherlock é um gentleman cauteloso com ares de homem austero e conservador. É gentil e educado com as mulheres, mas mantém uma relação distante com elas. A exceção é Irene Adler, uma bela americana por quem tem grande admiração, e a única mulher que o derrotou intelectualmente. Holmes é um homem ágil, praticante de boxe, baritsu (um sistema japonês de defesa pessoal) e esgrima, além de conservar hábitos peculiares, como tiro ao alvo dentro do próprio apartamento. Ah! E ele também sabe tocar violino.
Conta a lenda que Holmes foi inspirado em um homem de carne e osso, o médico Joseph Bell (à esquerda) que, em idos de 1877, era o professor de medicina de Arthur Conan Doyle. O doutor Bell costumava aplicar métodos lógicos e dedutivos para diagnosticar pacientes no Hospital de Edimburgo. Sobre essa história, Arthur Conan Doyle afirmava que era “mais do que certo que é a você a quem eu devo Sherlock Holmes; com base no centro de dedução, na interferência e na observação que ouvi você inculcar, tentei construir um homem”. Bell operava os detalhes e os traduzia em conclusões geralmente precisas sobre o ser humano.

COMO ELE PARECE? - O detetive é descrito como um homem de nariz adunco e rosto aquilino, que costumeiramente veste robe de chambre, usa bengala e gosta de fumar cachimbos. Ele desvenda mistérios com ares de artista, lançando olhares penetrantes e indagadores aos suspeitos e incorporando às explicações generosas pitadas dramáticas. Ocasionalmente, usa disfarces bem elaborados também.
Sherlock segue um método padrão de investigação: observa detalhes minuciosamente, reajusta os dados coletados e formula teorias para, em seguida, compará-las e descartar pistas falsas. Pode ficar horas refletindo sobre uma questão, sentado na poltrona do seu apartamento com a ponta dos dedos juntas, expirando caracóis de fumaça pelo cachimbo.

Apesar do sucesso, Arthur Conan Doyle considerava sua obra policial menos relevante do que outras produções pessoais, como livros sobre guerra e espiritismo. Disposto a livrar-se de Sherlock para sempre para se dedicar a outros projetos, ele matou o detetive em 1893, em um confronto fatal com o vilão Moriarty. Os leitores ficaram inconformados, mas tiveram que esperar muitos anos até que Holmes desse as caras novamente. Isso aconteceu em 1903, no conto “A Casa Vazia”, que trouxe a explicação de como o detetive conseguiu escapar da morte e de seu algoz. A última aventura de Sherlock Holmes foi em 1917, com a publicação do livro de contos “O Último Adeus de Sherlock Holmes”. Historicamente ele se aposentou e foi morar em Sussex, um condado da Inglaterra, ocupando-se com a criação de abelhas. 


Arthur Conan Doyle escreveu 56 contos e 4 romances sobre Sherlock, a maioria publicados em capítulos na revista Strand. Mais de cem anos após ser criado, o detetive ainda é ainda popular. Imortalizado pelo chapéu de caçador, a pequena lupa e o inseparável cachimbo, Sherlock Holmes continua sendo tema de filmes, seriados e quinquilharias. Por essa nem Arthur Conan Doyle esperava.
Fonte: http://www.grandesdetetives.com/sherlock/

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